Medicina na Època Moderna
A
época moderna foi um período de grande evolução da medicina. Desde
técnicas medicinais, medicamentos e instrumentos, tudo sofreu um grande
avanço. Iremos agora citar os principais iventos e descobertas:
- Antibióticos: Descobertos por Alexandre Flemming,em 1928, nomeadamente a penicilina que foi utlizada para fazer antibióticos.
- Vacinas: Foi usada pela primeira vez por Edward Jenner, em 1796, a vacina contra a varíola.
- Anestesia: O dentista Thomas Green Morton, em 1846, usou pela primeira vez éter como anestesia.
-
Transplantes: A transfusão de sangue e o transplantes de órgãos, como
os rins, córneas, pele, ossos, medula, coração e fígado, tornaram-se
possíveis a partir das descobertas do cientista americano Alexis
Carrel, nos anos 20s, que descobriu como manter tecidos vivos fora do
corpo, por cirurgiões que desenvolveram as técnicas cirúrgicas e
pós-cirúrgicas, como o Dr. John Murray, da Universidade Harvard
(transplantes de rim) e o famoso Dr. Christiaan Barnard, que fez o
primeiro transplante cardíaco na África do Sul, em dezembro de 1967. O
futuro dos transplantes reside nas técnicas homólogas, utilizando a
engenharia genética para fabricar cópias perfeitas dos nossos próprios
órgãos, a partir de células-tronco (células embrionárias precursoras de
todos os tecidos).
-
Microscópio: A partir de Antonie van Leeuwenhoek, o cientista holandês
que notabilizou o uso do microscópio, no século XVII, tornou-se a
ferramenta básica da pesquisa médica, sendo usado por grandes nomes
como Pasteur, Koch, Virchow, e muitos outros. Depois do microscópio
óptico, surgiram na segunda metade do século XX outras invenções muito
importantes, como o microscópio eletrônico, o microscópio de varredura,
e o microscópio de forças atômicas.
-
. Radiografia: uma das mais espetaculares e influentes invenções, o
aparelho de radiografia, pelo físico alemão Wilhelm Röntgen, em 1895,
revolucionou a medicina ao permitir que os médicos obtivessem imagens
não invasivas do corpo dos pacientes.
-
TAC: entre as grandes invenções médicas, esta é a única feita pela
engenharia, e também teve um impacto significativo sobre a medicina
moderna. Em 1968, os engenheiros Godfrey Hounsfield e Allan Cormack,
descobriram que podiam obter imagens de raios-x na forma de "fatias"
transversais do corpo humano, com alta resolução. Ganharam o prêmio
Nobel por esse feito, que exige o auxílio de um computador e complexas
técnicas matemáticas. Outras formas de tomografia foram posteriormente
desenvolvidas, aumentando o arsenal de sofisticadas técnicas de imagens
anatômicas e funcionais à disposição do diagnóstico: em 1971, Raymond
Damadian desenvolveu a tomografia de ressonância nuclear magnética
(MRI) e em 1978, Louis Sokoloff inventou o tomógrafo de emissão
positrônica (PET). Os aparelhos de ultrassom também foram um grande
progresso na área de imagens médicas não invasivas neste século.
-
Pílula: A pílula foi desenvolvida por dois médicos americanos entre
1950 e 1955, Gregory Pincus e Carl Djerassi, incentivados pela
feminista e ativista social Margaret Sanger (que inventou o termo
"controle do nascimento") e Katharine McCormick, uma rica herdeira
industrial, que financiou a pesquisa que levou, dentro de uma década à
comercialização do primeiro anticoncepcional oral. Chamava-se Enovid e
foi colocada no mercado em 1961, pela Searle.
Apresentamos agora um questionário realizado pelo nosso grupo aos alunos do Ensino Secundário.
Respostas correctas: 1-B ; 2-A ; 3-D ; 4-B; 5-A ; 6-A ; 7-C ; 8-C
O
objectivo deste questionário foi testar os conhecimentos dos alunos do
Ensino Secundário do Colégio acerca deste tema relevante que é a
Medicina e realizar um estudo estatístico.
Resultados 10º ano :
Resultados 11º ano:
Resultados 12º ano:
Medicina no Renascimento
Na era do Renascimento, surgiu novamente o interesse pelas artes e
ciências na Europa, o que conduziu a importantes progressos na
medicina. Muitos médicos desta época estudaram e colocaram em causa os
conhecimentos e descobertas da Antiguidade (Grécia Antiga e Egipto),
havendo a divulgação e formulação de informação nova e rigorosa. O
Renascimento constituiu uma época de fulcrais descobertas, em que a
visão acerca da Medicina mudou completamente. Os médicos passaram a
analisar a medicina e os tratamentos medicinais de um modo mais
objectivo, não atribuindo tanta importância a causas sobrenaturais,
como espíritos malignos e demónios, o que acontecia com os métodos
medicinais utilizados anteriormente. Foram realizadas diversas
pesquisas, tanto a nível anatómico como a nível cirúrgico,
principalmente devido a análise de corpos em campos de batalha. Novos
tratamentos foram desenvolvidos em pleno campo de batalha, visto que
médicos começaram a fazer medicamentos naturais para ajudar pessoas com
ferimentos de guerra. Além disso, os feridos de guerra permitiram aos
médicos renascentistas fazer cirurgias e analisar o corpo humano de uma
forma mais profunda.
Foi possível a dissecação de cadáveres, amputações, fazer membros
artificiais e adoptar curativos à base de plantas medicinais e
substâncias naturais. Todos estes tratamentos na época renascentista
permitiram um melhor conhecimento da anatomia humana e de alguns
processos que regulam o funcionamento do corpo humano, havendo uma nova
abordagem da medicina.
Entre
o século V e XI pode falar-se de uma Medicina Monástica, em que os
Mosteiros e Ordens religiosas assumem grande relevância.
Os Mosteiros eram o centro, por excelência, para o estudo e prática
médica pois continham Jardins Botânicos de grande valor médico -
farmacêutico, possuíam instalações onde realizavam assistência aos
pobres e doentes que funcionavam como verdadeiras enfermarias.
Simultaneamente, congregavam o conhecimento teórico em vastas
bibliotecas, como também, concentravam os eruditos capazes de ler,
interpretar os textos de autores antigos (que mencionavam as doenças e
terapêuticas) e transcreve-los.
Os Teólogos explicavam as doenças
como forma de castigo ou teste à Fé. Dividiram a medicina em duas
partes: Medicina Religiosa (preocupada com «as coisas celestiais») e
Medicina Humana (assente em «coisas terrenas»). A Medicina Religiosa
englobava rezas, penitências, exorcismo e encantamentos. Em oposição, a
Medicina Humana estava relacionada com os métodos empíricos como as
sangrias (muitos utilizadas nas Idade Média), dietas, drogas e
cirurgias.
As Universidades médicas surgem durante o século XII.
Contudo, o acesso ao ensino médico universitário estava limitado aos
estratos sociais mais elevados, tendo sido frequentado por uma pequena
fracção de praticantes médicos.
Os textos médicos disponíveis nas
Universidades incluíam textos de vários autores que foram traduzidos de
manuscritos Gregos, Árabes e colecções em Latim.
Apesar do aumento
de universidades, a aprendizagem médica estava firmemente associada à
Igreja e aos Mosteiros. De facto, a Igreja torrou-se (quisesse ou não)
a depositária do saber médico da época, o que ligou a fé à medicina
durante vários séculos.
Na idade média houve uma tendência para separar a medicina da cirurgia,
diminuindo o estatuto do cirurgião (que era visto como mero
executante).
Em geral, os procedimentos cirúrgicos baseavam-se em
amputar e cortar (redução de fracturas, deslocações, feridas, drenagem
de abcessos, etc.).
Ocorreram avanços consideráveis no tratamento
de doenças oculares, nomeadamente operações às cataratas e
democratização no uso próteses oculares.
No final da Idade Média
os cirurgiões dividiam-se em dois grupos: os que recebiam uma formação
mais elevada e os que se identificavam com os barbeiros. As funções de
barbeiros incluíam o cuidado do cabelo e barba, mas também arrancavam
dentes e faziam operações menores.
As substâncias vegetais eram a base da generalidade dos medicamentos, tais como laxantes, anti-eméticos, diuréticos, etc. .
Distinguiam-se os médicos dos botânicos. Os primeiros examinavam os
doentes, diagnosticavam e faziam a prescrição, enquanto os botânicos
eram responsáveis por colher, armazenar as plantas e todo o processo de
transformação da planta em medicamento.
Medicina na Arabia
Medicina Tradicional Chinesa
A Medicina Tradicional Chinesa é a denominação usualmente dada ao
conjunto de práticas de Medicina Tradicional em uso na China,
desenvolvidas ao longo dos milhares de anos da sua história.
A Medicina Chinesa originou-se ao longo do Rio Amarelo, tendo formado a
sua estrutura académica há muito tempo. Ao longo dos séculos, passou
por muitas inovações em diferentes dinastias, tendo formado muitos
médicos famosos e diferentes escolas. É considerada uma das mais
antigas formas de Medicina Oriental.
A Medicina Chinesa fundamenta-se numa estrutura teórica sistemática e
abrangente, de natureza filosófica. Tendo como base o reconhecimento
das leis fundamentais que governam o funcionamento do organismo humano,
e sua interacção com o ambiente segundo os ciclos da natureza, procura
aplicar esta abordagem tanto ao tratamento das doenças quanto á
manutenção da saúde através de diversos métodos. Inscrições em ossos e
carapaças de tartarugas das dinastias Yin e Shang, há 3.000 anos
evidenciam registos medicinais, sanitários e uma dezena de doenças.
Segundo registos da dinastia Zhou existiam métodos de diagnósticos tais
como: a observação facial, a audição da voz, questionamento sobre
eventuais sintomas, tomada dos pulsos para observação dos Zang-fu
(órgãos e vísceras), assim como indicações para tratamentos
terapêuticos como a acupunctura ou cirurgias. Já por essas épocas
incluía nos seus princípios o estudo do Yin-Yang, a teoria dos cinco
elementos e do sistema de circulação da energia pelos Meridianos do
corpo humano, princípios esses que foram refinados através dos séculos
seguintes. Nas dinastias Qin e Han haviam sido publicadas obras como
“Cânone da Medicina Interna do Imperador Amarelo” (Huangdineijing)
considerada actualmente como a obra de referência da medicina chinesa.
Existem
muitas obras médicas clássicas famosas que nos chegaram do passado:
“Cânone sobre Doenças Complicadas”, “Sobre diversas doenças e a febre
Tifóide”, “Sobre a Patologia de Distintas Doenças”, etc. O “código das
Fontes Medicinas do Agricultor Divino” é a mais famosa e antiga obra
sobre fármacos na China. Uma delas destaca-se pela sua importância o
“Compêndio das Fontes Medicinais”, em 30 volumes escrita por Li
Shizhen, da dinastia Ming, é a mais importante na história da China, e
obra de referência a nível mundial na área da fitoterapia.
A
acupunctura conhece reformas importantes na dinastia Song (960 a.C –
1279 a.C) impulsionadas principalmente pelo médico Wang Weiyi que
publicou “Acupunctura e os pontos do Corpo Humano”. Moldando duas
estátuas em bronze do corpo humano a fim de ensinar aos seus alunos as
técnicas da acupunctura, acelerando assim o seu desenvolvimento. No
século XX, Mao Tze Tung, oficializou o ensino da Medicina Chinesa a
nível universitário e a sua divulgação por toda a china, criando-se
muitas universidades e hospitais para a prática da medicina chinesa,
considerada na altura um recurso valioso e acessível para a saúde
publica.
A Medicina Chinesa tem um campo de aplicação muito
amplo, porque pratica-se há muitos séculos no maior país do mundo em
termo demográfico. Isto confere-lhe uma experiência única, primeiro,
empírica e depois científica. Finalmente, a Medicina Chinesa é um
sistema completo e não uma simples técnica médica de aplicações
limitadas, pois o campo da Medicina Chinesa é extremamente amplo: da
farmacopeia á acupunctura, da dietética á cirurgia popular, das
massagens á ginecologia, da medicina interna aos métodos de reanimação.
De facto encontram-se praticamente as mesmas especialidades que na
Medicina Ocidental, não obstante, numa compartimentação menos restrita
e limitada devido à sua abordagem mais global da enfermidade e das suas
causas. Isto permite afirmar que a Medicina Chinesa, como a Medicina
Ocidental, possui uma experiência de um estatuto oficial, e ao mesmo
tempo, uma abordagem mais humanista e mais global do ser humano, da
saúde e da enfermidade.
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